15 de março de 2015

Zazen - 15/03/15 - Comemoração dos quatro anos




Todos os seres sencientes são essencialmente Budas.

Como a água e o gelo – não há gelo sem água  – Sem os seres sencientes,

Não há Budas.

Em perceber quão próxima a verdade está, nós a buscamos muito além.



- Que lástima!



Somos como alguém no meio da água

Chorando desesperadamente de sede.

Somos como um filho de um rico homem

Que vagueia desnorteado na miséria.

A razão porque nós transmigramos

Através dos Seis Reinos é porque

Nós estamos perdidos nas trevas da Ignorância.



Indo cada vez mais fundo nas trevas da ignorância,

Como poderemos jamais nos liberar do nascimento-e-morte?

Mas quanto a prática Mahayana do zazen,

Não há palavras para elogiá-la plenamente.

Os Seis Paramitas, assim como a

Caridade, manutenção dos preceitos,

E várias outras boas ações

Como invocar o nome de Buda,

Arrependimento, e esforço espiritual,

Todos afinal retornam à prática do zazen.



Mesmo aqueles que sentaram-se em zazen apenas uma vez

Lograrão superar o karma.

Não mais eles irão encontrar maus caminhos,

E a Terra Pura não estará muito longe.

Se nós escutarmos mesmo que apenas uma vez

Com o coração aberto esta verdade,

A louvamos e alegremente a abraçamos,

Quão mais será possível então,

Se ao refleti-la profundamente em nós mesmos,

Nós claramente atingirmos a

Auto-realização,

Dando prova da verdade

De que Auto-realização é não-realização.



Nós iremos além da palavra fútil.

O Portal da unidade de causa e efeito

É assim aberto,

É não-dois,

Não-três,

Corretamente direcionados percorremos o Caminho.

Percebendo a forma da não-forma

Como forma,

Indo ou retornando

Não estaremos nós em nenhum outro lugar.

Percebendo o pensamento do

não-pensamento

Como pensamento

Cantando ou dançando,

Seremos a voz [e movimento] do Dharma.



Quão vasto e amplo

É o espaço sem fim do Samadhi!

Quão brilhante e claro

É a perfeita luz da lua das Quatro Nobres Verdades!

Neste momento o quê mais precisamos buscar?

Quando a eterna tranquilidade da Verdade

Revela-se a nós,

Este mesmo lugar é a terra dos Lótus

E este mesmo corpo

É o corpo de um Buda.



A Canção do Zazen - Hakuin Ekaku
Fonte: http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=907

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